Os Yamas são regras de moralidade para a sociedade e para o indivíduo e que transcendem credo, país, idade ou época. São eles o ahimsa(não violência), satya( falar a verdade), asteya(não roubar), brahmacharya(continência) e aparigraha (não cobiçar).
O Nyamas são regras de conduta que se aplicam à disciplina individual. São eles o saucha (pureza do corpo, mente e espírito), santocha (contentamento), tapas (austeridade,autodisciplina), svadhyaya (estudo do Eu) e Ishvara Pradidhana (dedicação ao Senhor).
O terceiro membro do Yoga é o Asana ou postura. Executando os asanas, o sadhaka primeiro ganha saúde e sua prática constante traz estabilidade, leveza ao corpo deixando-o forte e elástico, além de reduzir a fadiga e acalmar os nervos. O Iogue conquista o corpo pela prática de asanas, tornando-o um veículo para o espírito.
Pranayamas é a ciência da respiração. “Prana” significa fôlego, respiração, vida, vitalidade, energia ou força. Também denota alma em oposição ao corpo. “Ayama” significa comprimento, expansão, distensão ou limitação. Portanto Pranayama denota a extensão da respiração e seu controle. É dito que a vida do yogue não é medida pelo número de seus dias, mas pelo numero de respirações.
Pratyahara, o controle dos sentidos. No Mahabhárata se compara o pratyáhára a uma tartaruga: ‘assim como a tartaruga recolhe seus membros sob a carapaça, da mesma forma o yogi retrai os sentidos da influência dos objetos externos.’. O pratyahara é uma espécie de passagem dos aspectos externos do yoga (yama, Niyama, asana e pranayama) para os internos (dharana, dhyana e samadhi). Sem o controle dos sentidos não é possível elevarmos a consciência além do plano mundano onde os sentidos operam e Patanjali vai além afirmando que sem o controle dos sentidos, não há possibilidades de viver de forma digna, centrada e proveitosa, mesmo no plano mundano.
Dharana, : “Concentração é prender a consciência em um único lugar”. (Yoga Sutras de Patanjali)
Ao controlarmos nossa respiração (pranayamas) dotamos nossa mente de um grande poder de concentração, e esta concentração só é possível após controlarmos os sentidos- Prathyahara. Ao exercitar-se na concentração, nossa mente ganha força, estabilidade, calma, clareza e deixa-a preparada para alcançar o estado de meditação.
Dhyana, o sétimo componente do Yoga é a meditação. Ela é mais intensamente focada do que a Dharana-concentração pois na meditação mantem-se a concentração focada totalmente em um único objeto ao passo que em Dharana, mantem-se a consciência dentro de um campo restrito. Patanjali enfatiza que quando se fala em manter a consciência focada em um único “lugar”ou “objeto”, ele não se refere a coisas de natureza mundana mas sim transcendentais.
Samadhi(consciência elevada). É o fim da jornada do sadhaka. A pessoa no estado de samadhi, está no ápice da meditação, onde seu corpo e sentidos estão totalmente adormecidos, suas faculdades mentais e racionais estão alertas, como se ele estivesse desperto, embora esteja além da consciência. O sadhaka atingiu a verdadeira yoga, só há a experiência da consciência, da verdade e da indescritível felicidade e paz. O yogue partiu do mundo material e fundiu-se com o Eterno.
Fonte: A Luz do Yoga – B.K.S.Iyengar – Swami Shraddhananda
Yoga Sutra de Patanjali – Gustavo Dauster